Sexta feira, 13 de junho. Dia de Santo Antônio.
Arildo Ferreira Hostalácio.
Para quem acredita na sorte, ou na falta dela. Hoje é o dia! Além de uma sexta feira 13 é também dia do santo casamenteiro e grande milagreiro, Antônio de Pádua.
Nascido em Lisboa, em 15 de Agosto de 1195, recebeu no batismo o nome de Fernando, único herdeiro de abastada família lisboeta. A opção pelo hábito o levou inicialmente para o serviço da ordem de Santo Agostinho, mas é na ordem de São Francisco, a quem conheceu pessoalmente, que desenvolveu seus estudos religiosos e seus dons espirituais. O que o fez ser eleito pelos fieis como o protetor dos pobres, o auxílio na busca de objetos ou pessoas perdidas e o amigo nas causas do coração.
No seu grande desespero passou o problema para o Santo. E, desde então, a imagem que possuía padeceu. E como padeceu. Enterro de sete dias, de quinze, de vinte e depois de sessenta. De cabeça para baixo e de lado. Não resolveu.
Do enterro, passou para o afogamento. Era comum encontramos com santo no fundo de uma bacia ou mesmo na banheira. Lá embaixo amarrado a uma pedra pelo pé, ou pela cabeça. novamente não deu certo.
A cada insucesso aumentava o desespero e a tal imagem passava por outra sessão de torturas. E tantas foram, até que um dia, foi posta a ferver junto ao feijão preto. E ali ficou de castigo. Ferveu, ferveu e ferveu. Depois de devidamente escorrido o feijão e coada a imagem não se sabe o porque o santo de tanto que ferveu junto ao feijão, descoloriu e mudou de cor. Ficou preta. Completamente preta.
Para ela, ali estava à explicação de tantas desventuras. Viu renascer a esperança, e apesar de perdido o feijão e quase o emprego, vislumbrou a solução. Pois, sabia que o santo nunca lhe falharia, mas aquela imagem que ali estava era fruto de enganação. O santo, coitado, era outro. Era São Benedito e por isso não funcionava.